Tuesday, April 03, 2007

´Road Trip´ to SLB - FCP

O relógio marcava 13h30 e estava tudo a postos para seguir viagem rumo a Lisboa. Praticamente cheia, a camioneta entrava na auto-estrada e o nervosismo e ansiedade tomavam de assalto todos nós, portistas.
Por entre tabaco, ganza, cerveja, whisky, eristoff e vinho, o longo caminho até à capital parecia nunca mais acabar e lá íamos aquecendo as gargantas e treinando os cânticos para passar o tempo, que parecia uma eternidade.
Já bem perto de Lisboa, todas as camionetas se juntaram para irem umas atrás das outras rumo ao local onde todos os adeptos seriam "largados". A verdadeira festa começou a ser feita aí. O entusiasmo era reinante. A esperança e a certeza na vitória estava espelhada na cara de todas aquelas pessoas que, apaixonadamente, seguiram o FCP até ao campo do"inimigo".

Depois de todos os adeptos estarem devidamente reunidos, seguiu-se a viagem a pé até ao Estádio da Luz. Protegidos pela polícia de choque, que montou uma espécie de cordão à nossa volta, demoramos cerca de 20 minutos até chegar ao Estádio e pelo meio, entoamos, como habitual, os cânticos de apoio ao nosso clube e de provocação ao outro. É de referir que fomos constantemente provocados por transeuntes e adeptos do benfica ao longo de todo o percurso. É normal e natural.

Seguiu-se a parte mais VERGONHOSA de todo o dia. Todos os adeptos do FCP foram "obrigados" a passar por três barreiras de segurança até (finalmente) entrar no recinto. Uma organização vergonhosa e inacreditável. A nossa entrada no Estádio foi interrompida para que os adeptos benfiquistas pudessem entrar pela nossa porta quando, as outras portas ao lado, apenas tinham "stewards" e estavam completamente vazias de público. Resultado: centenas de adeptos portistas entraram quando já estavam decorridos cerca de 20 minutos de jogo. Organização vergonhosa de um clube que se diz um dos maiores do Mundo e com um Estádio tão grande onde portas de acesso ao recinto não faltam. Uma falta de respeito para os adeptos que fizeram uma longa viagem desde o Porto e que pagaram o seu bilhete para verem o chamado "jogo do título" na sua totalidade. Quem paga os 25 minutos de jogo que esses adeptos perderam?

Ironia do destino. Apesar da demora na entrada, passados alguns minutos depois de estarmos confortavelmente a ver o jogo, o FCP chega ao golo. Foi a loucura total na bancada superior que (estupidamente) nos foi destinada. Foi o tónico para um resto de jogo em que, até aos 85m, não se ouvia mais nada a não sermos nós. Sempre a apoiar FCP, a cantar e com a esperança cada vez maior de sair dali com o título "no bolso". A forma como o Benfica chegou ao empate deixou-me um enorme amargo de boca. Independentemente de tudo, podemos considerar o empate um resultado justo e nada mau para o FC Porto.
Ganhamos no confronto directo com um rival e continuamos a ser a única equipa a depender dela própria para chegar ao ceptro.

P.S - Aproveito para reprovar veementemente os actos de violência que se registaram na Luz. É importante acabar e banir de vez estas situações no futebol. Identifiquem os responsáveis e ponham-nos o resto da vida a ver futebol no sofá.

P.S 2 - A massa adepta que acompanhou o FCP até à Luz é algo de inacreditável. Num jogo tão importante e algo decisivo como este, é impressionante os milhares de portistas presentes naquelas bancada e incansáveis no apoio à sua equipa. Só lá estando nos é permitido sentir o que é ser portista num terreno hostil como aquele. Inesquecível. Só faltou a vitória para ser tudo perfeito!

Thursday, February 22, 2007

Somos muito melhores que que aquilo que pensamos


Confesso. Eu fui, e ainda hoje o sou em certas situações, um grande crítico de Scolari. Por entre críticas, piropos típicos de "treinador de bancada" ou opções que eu (não) tomaria no seu lugar, tenho a certeza de que todos nós nos devemos orgulhar imensamente da selecção que nos representa por esse Mundo fora.
Controverso ou não, com Scolari fomos vice-campeões da Europa (apesar de ainda hoje ninguém saber como é que a Grécia se tornou Campeã da Europa e certamente que eles próprios se têm visto gregos para chegar a uma conclusão) e ficámos num honroso 4ºlugar no Mundial da Alemanha.
Por entre amizades e inimizades, Scolari criou à volta dele um grupo unido e coeso em que, em momento algum nessas provas internacionais de selecções, deixámos de confiar, de sofrer, de apoiar e, em muitos casos, de chorar.
Meu amigos, nós já não somos os coitadinhos que erámos na década passada. Felizmente, nalguns aspectos futebolísticos nós já crescemos e saímos da sombra das grandes potências mundiais. Brasil? Itália? França? Inglaterra? Argentina? Qualquer um deste pode cair aos nossos pés, algo que num passado recente era impensável.
Mérito seja dado a quem o merece.
Curiosamente (ou não), somos um dos países que mais talento exporta para grandes campeonatos europeus. Não temos o poderio financeiro dos "tubarões" esfomeados de talento, mas devemos orgulhar-nos de sermos um GRANDE PRODUTOR DE TALENTOS.

Alguns já o foram como V.Baía, Jorge Costa, Fernando Couto, Rui Costa, Pauleta, etc, etc, etc mas novas estrelas estão a brilhar com as quinas a roçar no coração.
Não vou falar de centrais (R.Carvalho, Jorge Andrade, F.Meira, Zé Castro, Tonel, Nunes, Manuel da Costa, Bruno Alves, ?Pepe?).
Não vou falar de médios com credenciais mais do que firmadas no panorama futebolístico (Costinha, Pedro Mendes, Maniche, Deco, Tiago, Petit).
Não vou falar de avançados com aquele "faro" (Pauleta, Nuno Gomes, H.Postiga, Hugo Almeida).
Mas posso passar uma eternidade a falar e a inventar adjectivos para caracterizar aquilo que eu acho que a Nossa Selecção tem de melhor, aquilo que leva as pessoas a comprar bilhete: os nossos ALAS ou EXTREMOS.

Um símbolo da nossa história recente: Luís Figo. Um génio da bola. Dentro e fora dos relvados.
Mas hoje nós temos, e permitam-me dizer isto, os 3 melhores extremos à face do Planeta.
Cristiano Ronaldo, Simão e Ricardo Quaresma são daqueles que não enganam. Chamem-me o que quiserem, mas estes 3 meninos enchem-me as medidas e certamente que encherão as medidas de qualquer apaixonado do futebol.
Numa selecção fantástica, estes são para mim os 3 expoentes máximos da qualidade dos nossos futebolistas.
O quão bom seria se algum catedrático da bola se lembrasse de inventar uma táctica que contemplasse estes 3 meninos no mesmo espaço e, basta apenas fazer uma continha: ponham estes 3 craques, juntem-lhes (à vossa escolha) alguns dos nomes acima referidos, e apimentem com um grande lateral-esquerdo e um "matador" à antiga. O resultado é fácil: a melhor Selecção do Mundo.

Chega de nos sentirmos inferiores em relação aos "riquinhos" por aí espalhados. A nível desportivo e mais concretamente futebolístico, já não somos um pedaço de terra à beira mar plantado, ou uma província de Espanha.
Temos dos melhores jogadores do PLANETA e isso é-nos inegável. Mal posso esperar pelo Euro´2008 !

P.S: De todos os jogadores PORTUGUESES aqui referidos, quantos jogam ou já jogaram nas maiores equipas europeias e consequentemente mundiais?

Tuesday, February 06, 2007

Mercado de Inverno na Liga Bwin


Findo que está o período do chamado Mercado de Inverno, apetece-me comentar as movimentações na nossa principal Liga e deixar umas quantas apreciações.

Lucas Mareque e Wason Rentería foram as duas contratações do F.C.Porto para a segunda metade da época. O primeiro parece-me uma boa contratação e vem para uma posição que necessitava realmente de ser reforçada, sendo que as primeiras indicações foram positivas apesar de ainda não estar nos níveis exigidos. Rentería ainda não vi jogar mas os vídeos que vi deixaram-me bastante curioso acerca deste jogador. Resta saber como decorrerá a sua adaptação...(lembram-se do Luís "Fabuloso"?). Os empréstimos de Diogo Valente, Ezequias e Tarik serviram para arrumar um pouco a casa. Mas ainda falta alguma coisa...
O Benfica viu entrar Derlei e um central internacional brasileiro sub-20 que sinceramente nunca vi jogar. O "ninja" é um velho conhecido mas não é de esperar que venha com os níveis que evidenciou ao serviço do FCP. É, de qualquer forma, uma boa aquisição para os encarnados por todo o carisma que Derlei traz para qualquer equipa. Destaque ainda, para a melhor tranferência dos últimos tempos: Ricardo Rocha! Mas alguém no seu perfeito juízo dá 5 milhões de euros por este defesa? Por esta ordem de ideias, quanto valerá Pepe ou Luisão??
Do Sporting pouco há a dizer. Viu (re)entrar Bruno Pereirinha e não efectuou qualquer venda. É de salientar a quantidade de portugueses regularmente titulares no Sporting e a consequente aposta na juventude. Parece-me no entanto que ainda não é suficiente para o Sporting se tornar num fortíssimo candidato ao título.
Braga, Nacional e Marítimo reforçaram-se pouco e bem. Não conheço o avançado polaco contratado pelos "arsenalistas" mas Jorge Luiz e o retorno de Diego tornarão, com certeza, a equipa mais forte. O contratação mais sonante do Nacional foi sem dúvidas Leandro do Bomfim. Pessoalmente, tenho muita curiosidade para ver este brasileiro visto que no Dragão, poucas ou nenhumas oportunidades teve. Já agora, o médio holandês que veio para o Marítimo a empréstimo do PSV, Arvid Smit parece-me muito bom jogador.
O Boavista continua a apostar no mercado de Leste e contratou mais um polaco com um nome que nem me atrevo a escrever ou sequer a pronunciar. Independentemente da época fraquinha dos boavisteiros, Grzelak, Kaz e Linz são bons jogadores e entende-se a insistência neste mercado. A ver vamos como se sai este novo polaco e o médio Livramento (ex-Santa Clara) que foi uma das grandes figuras da competitiva Liga de Honra.
O Leiria não se movimentou muito no mercado e viu entrar o central Eliézio, a empréstimo do FCP. Mais um jogador a seguir com muita atenção. A Naval está a fazer um campeonato fantástico e pouco ou nada se mexeu também. Delfim foi a grande contratação de Inverno para os homens da Figueira. Têm bons jogadores e um treinador que eu particularmente aprecio.
O Estrela da Amadora fez uma ou outra alteração mas a recente senda de jogos sem perder não motivava grandes mudanças e assim foi.
O que dizer do Beira-Mar? Antes de mais, acho ridícula a forma como o presidente cedeu a pressões e despediu Carlos Carvalhal porque o projecto da empresa financiadora com quem os aveirenses fizeram um acordo, exigia Paco Soler para o cargo de técnico principal! Isto foi apenas o aquecimento. Depois veêm as 11 contratações neste Mercado de Inverno! Por entre brasileiros, sérvios e mais não sei quê, fico apenas com a curiosidade em ver como será o plantel dos aveirenses na próxima época e que campeonato estará a disputar. Ah, esqueci-me! Também estou curioso para ver o "Edgol", (mais uma) promessa brasileira que esteve no Mundial sub-20. Parece-me uma equipa construída para o que resta desta época e sem grandes propósitos para a que se avizinha.

A realidade é que o mercado português não está para grandes compras. Há passivos para diminuir e a dificuldade em gerir receitas não dá espaço a exorbitâncias.

Tuesday, January 16, 2007

Os onze mais da primeira volta da Bwin Liga

Finda que está a primeira volta do nosso principal campeonato de futebol, é necessário fazer uma retrospectiva do que melhor se passou na Liga e dos jogadores que mais se destacaram ao longo destas quinze jornadas. Vou aqui deixar aquela que me parece ser a equipa com os melhores jogadores do nosso campeonato, até agora. Um 3-4-3 bem ao jeito de Adriaanse.

Guarda-Redes: HÉLTON
É, de longe, o melhor no nosso campeonato. É um dos melhores do Mundo e o facto de já ser internacional brasileiro afere bem das suas qualidades. Uma palavra para Quim, que também tem feito um campeonato excelente o mesmo não se podendo dizer de Ricardo. Mas Hélton é indiscutivelmente o melhor.

Defesa: BOSINGWA
Foi dos jogadores da nossa Liga que mais evoluiu no último par de anos. Foi essencial no esquema arrojado de Co Adriaanse e mantém o mesmo nível exibicional no esquema de quatro defesas de Jesualdo. É um velocista e é praticamente intrasponível a defender. Precisa de melhorar ao nível dos cruzamentos e, quando o fizer, tornar-se-á claramente num dos melhores laterais do Mundo. É mais um caso de sucesso de um lateral adaptado.

Defesa: PEPE
Já foram ditas tantas coisas sobre este senhor que pouco mais há a dizer. Já é um dos melhores do Mundo na sua posição e será certamente o defesa central mais promissor do Planeta. Evoluiu duma forma inacreditável e é praticamente impossível ultrapassá-lo. Imbatível no jogo aéreo, este ano descobriu a sua veia goleadora. Uma mais-valia para a Selecção Nacional.

Defesa: RICARDO ROCHA
Está a fazer a melhor época desde que trocou o Braga pelo Benfica. Muito confiante nas suas capacidades, tem feito a diferença na defesa do Benfica e de vez em quando lá sobe no terreno para fazer uns golos. Liedson que se cuide...

Médio: JOÃO MOUTINHO
É, invariavelmente, a grande estrela do Sporting. É o motor da equipa e, em grande parte das vezes, é notória a diferença de qualidade e determinação entre ele e os companheiros. É mais uma pérola da cantera de Alvalade e não demorará muito a chegar a outro campeonato. Sem os golos de Liedson e sem João Moutinho, onde vai o Sporting?

Médio: LUCHO GONZÁLEZ
"El Capitan" continua a fazer das suas. Não enche as medidas com exibições excepcionais mas a sua classe e o seu pragmatismo são suficientes para fazerem dele uma das figuras da Liga, e quem sabe, a maior delas todas. É um médio do futebol moderno, enche o campo, recupera bolas e sai a jogar e quando tenta o pontapé com mais insistência saem golos como em Hamburgo ou em Moscovo. É uma estrela e mesmo em baixo de forma, a sua presença no onze dos Dragões é indiscutível e imprescindível.

Médio: KATSOURANIS
A grande contratação do Benfica para a época 06/07. Um médio muito forte fisicamente, fortíssimo no jogo aéreo e também nos "tackles". Já marcou 5 golos e a forma rápida como se adaptou a um campeonato e a uma realidade diferentes é realmente de louvar. É peça fulcral no Benfica do Engenheiro.

Médio: ANDERSON
Podia ter posto Zé Pedro ou Marcinho. São muitos os jogadores que têm brilhado nesta posição. Mas Anderson, não fosse o tremendo azar que teve, seria nesta altura a estrela mais brilhante da nossa Liga. Com uns tenrinhos 18 anos, este puto faz maravilhas com a bola, encanta plateias e enche estádios. Em Março vai voltar em força e continuará a espalhar por esses relvados todo o seu talento, magia e virtuosismo. Por tudo isto, optei por Anderson como o melhor jogador desta posição. Porque estava a sê-lo antes de se lesionar ou ser lesionado gravemente.

Avançado: RICARDO QUARESMA
É o melhor jogador da nossa Liga. Julgo que é algo de que ninguém duvida. E quem disser o contrario é só para implicar. Já fez 6 golos e 11 assistências na Liga e tem assumido o papel principal no F.C.Porto na ausência de Anderson. Está finalmente feito um grande jogador e a titularidade na Selecção Nacional é uma questão de tempo. E depois vamos poder-nos orgulhar de termos a melhor dupla de extremos à face do Planeta: Cristiano Ronaldo e Quaresma.

Avançado: ROLAND LINZ
Foi a melhor contratação do Boavista para esta temporada. É um avançado com grande mobilidade e sentido de golo. Fazer 7 golos numa equipa com vocação claramente defensiva é obra. Por isso, e por outras coisas, acho justo que o ponta de lança austríaco esteja no melhor onze da primeira volta.

Avançado: HÉLDER POSTIGA
É o melhor marcador do campeonato e isso, por si só, já justifica esta chamada. Desprezado pelo "maluco" do holandês, o Professor Jesualdo viu nele a capacidade de se tornar na referência do ataque portista e as estatísticas falam por si. Renasceu para o futebol e para os golos e, por isso, quando ele não está, os adeptos portistas suspiram por ele. Ainda bem para o nosso campeonato e para a nossa Selecção.

Wednesday, January 10, 2007

"Eu chamo-me John Ford e faço Westerns"

Apetece-me hoje, abordar um tema diferente. Deixo-vos aqui a biografia do mais premiado realizador norte-americano e que é uma figura marcante e incontornável do género cinematográfico Western. Apresento-vos John Ford. Autor de quase 150 filmes !

Foi no dia 1 de Fevereiro de 1895 que a pacata Cape Elizabeth, na costa sul do estado do Maine, nos EUA, viu nascer aquele que se viria a tornar num dos maiores,
senão o maior, cineasta da história do cinema.
Seus pais, John A. Feeney e Barbara Curran, ambos irlandeses, conheceram-se e casaram-se no Maine e fruto desse matrimónio tiveram 11 filhos, dos quais John Augustine Feeney (nome pelo qual foi baptizado) foi o último. Aquando do seu Crisma, John mudou o seu segundo nome para Aloysius sendo que, mais tarde, começaria a assinar as suas obras com o nome de John Ford.
Existem 3 possíveis explicações para esta decidida mudança de nome: a primeira sugere que adoptou este nome em homenagem a um homónimo dramaturgo isabelino; a segunda defende que tomou esse nome de um actor que viria a ter que substituir num filme dirigido pelo seu irmão Francis; a terceira remete para o facto de que Ford seria a “americanização” seu nome irlandês, Feeney.
A esta mudança de sobrenome, está inerente a mudança do seu nome próprio, passando a apresentar-se como Jack Ford e, foi exactamente com esta identidade, que se envolveu no Cinema.
Aos 19 anos, Jack Ford foi aceite na Universidade do Maine mas rapidamente a deixou para trás quando o seu irmão Francis, 13 anos mais velho e realizador na Universal, o chamou para ser o seu terceiro assistente, tarefa que realizou entre 1914 e 1917.
E foi precisamente este ano, 1917, que marcou o início da aventura de Jack (mais tarde John) Ford na indústria cinematográfica.
Jack viu-se obrigado a substituir o seu irmão Francis, que sofrera um acidente, e assumiu o papel de realizador. A partir daí começou a sua carreira e o sucesso não demorou a aparecer. Em apenas 4 anos, de 1917 a 1921, realizou uns impressionantes 41 filmes, os quais assinou como Jack Ford.
Em 1920 casa-se com Mary McBryde Smith, com quem tem 2 filhos: Patrick, em Abril de 1921, e Barbara (numa homenagem à sua mãe) em Dezembro de 1922.
O ano de 1921 foi marcante na vida do cineasta.
Foi nesta altura que visitou a Irlanda pela primeira vez e foi também, neste ano, que trocou a produtora Universal Pictures pela Fox.

Dois anos depois de ter trocado a Universal pela Fox, em 1923, assina a sua primeira obra como John Ford, o genérico de “Cameo Kirby”.
Mas foi o filme “The Informer” que deu a John Ford o seu primeiro Óscar da Academia.
Vivia-se o ano de 1935 e John Ford já rodava os seus filmes noutros estúdios que não os da Fox, pois o filme que galardoou Ford pela primeira vez foi rodado nos estúdios da RKO. Nesta altura, o cineasta com 40 anos, estava a ficar definitivamente cego de um olho.
No princípio da década de 40, John Ford continua o seu passeio na indústria cinematográfica acumulando sucesso atrás de sucesso. É galardoado com mais 2 Óscares da Academia premiando os filmes “The Grapes of Wrath” e “How Green is My Valley”.
Mais tarde, com a participação dos E.U.A na II Guerra Mundial o realizador é oficialmente convidado para o O.S.S (Office of Strategic Services) no intuito de dirigir o Field Fotographic Branch, cuja missão seria filmar o teatro de guerra. Resultado disto, surgiu o “The Battle of Midway” que deu a John Ford mais um Óscar da Academia, desta vez na categoria de Documentário, que a juntar ao Óscar ganho na mesma categoria em 1943 com o documentário “December 7th”, perfaz um total de 4 Óscares ganhos só na década de 40.
Terminada a guerra, num acto simbólico, a Marinha Americana promoveu Ford ao posto de Contra Almirante.


Anos mais tarde, em 1950, sai da Fox e, juntamente com Merian C. Cooper (produtor do filme King Kong em 1933) formam a sua própria produtora a que deram o nome de Argosy Pictures. É justamente neste ano que pronuncia a famosa frase que lhe ficou célebre e com a qual se apresentava: “Eu chamo-me John Ford e faço Westerns!”.
Em 1952 volta a ser premiado com um Óscar da Academia, o seu sexto e último, para Melhor Realizador com o filme “The Quiet Man”.
O ano de 1966 fica marcado como a data em que John Ford realiza a sua última longa-metragem intitulada “Seven Women”.
Algum tempo depois, os médicos diagnosticaram a John Ford um cancro no estômago, algo que o levou a deixar o mundo cinematográfico, mas não sem antes realizar uma obra em defesa de uma causa que considerava justa mas talvez já perdida, “Vietnam! Vietnam!”, isto no ano de 1971.

Em 1973, o American Film Institute atribui a John Ford o primeiro “Life Achievment Award” e o Presidente dos E.U.A na altura, Richard Nixon, eleva-o ao posto de Almirante ao mesmo tempo que o condecora com a”Ordem da Liberdade”.

A 31 de Agosto deste mesmo ano, John Ford morre, com 78 anos.


Sunday, January 07, 2007

Ridicularização


Começo, neste post, por mostrar o meu enorme desagrado pela forma como o F.C.Porto encarou a partida com o Atlético.
Subestimou o adversário, jogou de forma lenta, sem ideias e mostrou-se muito displicente no último passe ou até mesmo na altura de atirar à baliza. São estes jogos e estas derrotas que têm de despertar os jogadores para aquilo que significa a grandeza e o historial (mais recente) deste clube.
Eu estive no Dragão e fiquei com a impressão que alguns jogadores "gozaram" com a cara dos 30.126 adeptos que se deslocaram ao estádio num dia cinzento e chuvoso. E, depois, com a maior lata do mundo reclamam a titularidade. Inacreditável. Se não jogam rigorosamente nada numa partida destas, vão jogar com equipas de valor superior? Não me parece...
Foi uma derrota justa e premiou a excelente organização do Atlético. O lance do penalty (que não posso afirmar concretamente se é ou não) demonstra bem a desinspiração de jogo do FCP.

Espero que esta VERGONHA sirva de lição para muitas donzelas que lá andam a passear cortes de cabelo novos ou chuteiras com pitons banhados a ouro.

A segunda parte do meu post, deixo-a para a quantidade de FRUSTRADOS que exulta com esta (e muitas mais) derrota do FCP.
Eu, com os meus tenros 21 anos, já vi o meu clube ganhar tudo e mais alguma coisa. Títulos que muitos de vocês morrerão sem ver o vosso clube ganhar. Tenham vergonha na cara e olhem para o passado recente, que no fundo coincide com o nosso tempo de vida, e não caiam no ridículo.
Ridículos são aqueles que festejam o insucesso dos outros quando o seu próprio clube passeia de insucesso em insucesso.
É por estas e por outras, contra tudo e contra todos, que cada vitória do F.C.PORTO tem um sabor diferente. Não justifiquem uma superioridade INEQUÍVOCA nos últimos 20 anos com "apitos azulados" ou outro tipo de manobras mais suspeitas. Somos maiores, somos melhores e num futuro próximo, muito dificilmente deixaremos de o ser.
Chamem-me arrogante, mas prefiro sê-lo do que ridículo.

Thursday, January 04, 2007

Rashad Phillips é o novo base do F.C.Porto


Está encontrado o sucessor de Julian Blanks no F.C.Porto. Depois de um começo de época prometedor, o base norte-americano lesionou-se frente ao Benfica e seguiu-se um longo tempo de paragem, pelo que o F.C.Porto e o jogador decidiram rescindir amigavelmente o contrato que os ligava. Com vista a resolver os problemas que tem sentido na posição de base, está já encontrado o substituto de Julian Blanks.

Chama-se Rashad Keith Phillips, tem 28 anos e já passou por países como França e Itália sendo que a sua última paragem foi o campeonato turco onde jogou no Istanbulspor, tendo estado igualmente num campo de treinos da NBA, mais concretamente dos Charlotte Bobcats em 2005.
Nascido em Detroit, Rashad Phillips fez a sua carreira universitária no Michigan na Universidade de Ferndale onde, além do êxito colectivo, venceu inúmeros prémios individuais e as suas estatísticas aferem bem da sua capacidade de se poder tornar num substituto à altura do malogrado Blanks.

Presente no Draft da NBA de 2001, este atleta tem no seu curriculo o prémio Francis Pomeroy Naismith, atribuido ao melhor «senior» (universitário de último ano) americano abaixo dos 180cm, após ter acabado o ano como o sexto melhor marcador da NCAA (22.4ppj), quarto em lances livres (91.6% incluindo 49 consecutivos) e segundo em lançamentos de três pontos concretizados por jogo (3.9).

Com semelhanças físicas bastante curiosas com Allen Iverson, este base de 1,78m é descrito como um jogador muito rápido, bom lançador e bom defensor e com uma excelente visão de jogo. Pode estar encontrada a resposta aos problemas do F.C.Porto.